Professores, estudantes e técnicos administrativos da educação federal promovem ato em Picos

Professores, estudantes e técnicos administrativos da educação federal promovem ato em Picos

Aconteceu na tarde desta quinta-feira 13, o ato grevista em defesa da educação e contra o corte de gastos promovido pelo governo federal. O evento iniciou por volta das 17h na praça Josino Ferreira (Praça do museu), e contou com a presença de Professores, Técnicos Administrativos e estudantes que também reivindicavam melhorias na política de assistência estudantil. Durante a manifestação, os estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e do Instituto Federal do Piauí (IFPI) tiveram a oportunidade de apresentar para o público as pesquisas e projetos feitos na universidade.

Conforme o Professor Marcondes Brito, a proposta do movimento é mostrar todo o trabalho desenvolvido na educação federal por meio de vários projetos de pesquisa e extensão. “A nossa proposta é mostrar o que estamos passando dentro da universidade, estamos com defasagem nos salários, também vale lembrar que estamos há seis anos de sucateamento do ensino publico superior e mesmo assim estamos com nossos projetos de pesquisa e extensão para melhor desenvolvermos a comunidade interna da academia e a população”, disse.

Brito ainda lembra que um orçamento forte é necessário para manter as políticas de assistência aos estudantes, como transporte, bolsas de pesquisa e auxílios. “A greve surge para reivindicar melhorias em diversas áreas da educação federal, e também estamos lutando por maiores investimentos na capes, porque é necessária uma educação de qualidade e esperamos que o governo atenda as nossas reivindicações”, afirmou.

Para o Técnico Administro Delmarcio de Moura da Universidade Federal do Piauí (UFPI) o ato unificado é importante para toda a classe dos trabalhadores da educação devido ao corte de gastos promovido pela união. “Estamos com esse ato unificado, porque queremos mostrar para sociedade toda a nossa luta a favor da educação, e a pauta principal é a luta contra os cortes na educação e a recomposição orçamentaria para as universidades e institutos federais”, enfatizou.

Ele lembra ainda que outro ponto da reivindicação dos técnicos é a reestruturação da carreira e que desde o ano de 2005 até o momento não foi atualizada.

Os comandos nacionais de greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinafese) e da Federação de Sindicatos de trabalhadores técnico-administrativos em educação das instituições de ensino superior públicas (Fasubra) estiveram em mesa de negociação com o governo na manhã desta sexta-feira 14. Para eles, o principal avanço foi a promessa de revogação imediata da Portaria 983/20, que aumentou a carga horária dos professores.

Ao site correiobraziliense, integrantes do Andes afirmaram que o Ministério da Educação (MEC) teria prometido revogar imediatamente a portaria, assim que o acordo para finalização da greve fosse firmado. Além disso, foi proposto pelo governo a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para discutir uma nova regulamentação para a questão.

Outro ponto positivo foi o tempo de progressão na carreira, que deve ser revisto para ter mais agilidade.

Já para os técnicos-administrativos, foram garantidos melhores direitos de aposentadoria. Porém, continua em discussão ao reajuste salarial da categoria. A última proposta do governo era de 0% em 2024, 9% em 2025 e 5% em 2026. Porém, os grevistas se negam a assinar acordo sem nenhum reajuste salarial para este ano.

De acordo com Sinafese, o Ministério de Gestão e Inovação (MGI) prometeu dar devolutiva ainda nesta sexta sobre o assunto. Sendo acatado o reajuste, os grevistas acreditam em “forte possibilidade” de acordo.

 

 

 

 

 

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