A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) um aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras, que entrará em vigor a partir desta terça-feira (9). O preço do diesel, no entanto, permanecerá inalterado. Segundo a estatal, o litro da gasolina terá um aumento de R$ 0,20, passando a custar R$ 3,01. Já o preço do gás de cozinha de 13 kg sofrerá um reajuste, elevando o preço do litro para R$ 3,10, resultando em um valor total de R$ 34,70 para o botijão.
A Petrobras explicou que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da empresa na composição do preço ao consumidor será de R$ 2,20 por litro. Isso representa uma variação de R$ 0,15 por litro de gasolina C.
Este é o primeiro reajuste nos preços de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras em 2024. Com os novos preços, o aumento da gasolina representa 7,11%. O último reajuste da gasolina pela Petrobras ocorreu em outubro de 2023, quando houve uma redução de R$ 0,12 por litro.
Em maio de 2023, a Petrobras anunciou uma mudança significativa em sua política de preços. Desde então, a empresa não segue mais a política de paridade internacional (PPI), o que significa que os reajustes de preços dos combustíveis não estão mais atrelados às variações do dólar e da cotação do petróleo no mercado internacional. Desde a implementação desta nova estratégia comercial, a petroleira reduziu seus preços de venda para as distribuidoras em R$ 0,17 por litro.
A decisão de ajustar os preços da gasolina e do gás de cozinha reflete a nova política de preços da Petrobras, que busca maior autonomia em suas decisões de preço, desvinculando-se das flutuações do mercado internacional. A empresa justificou o aumento como necessário para manter a sustentabilidade de suas operações e garantir o abastecimento do mercado interno.
O anúncio dos novos preços gerou reações variadas entre consumidores e setores econômicos. Especialistas apontam que o aumento no preço da gasolina pode impactar o custo de transporte e, consequentemente, influenciar a inflação. Por outro lado, o setor de distribuição e revenda de gás de cozinha também espera repercussões, com possíveis ajustes nos preços repassados ao consumidor final.
A Petrobras afirmou que continuará monitorando o mercado e ajustando seus preços conforme necessário para equilibrar suas operações e atender à demanda interna. A empresa reforçou seu compromisso com a transparência e a comunicação contínua com seus stakeholders sobre quaisquer mudanças futuras nos preços dos combustíveis.