A corrida eleitoral pela prefeitura de Santa Cruz do Piauí, localizada a 305 km de Teresina, ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira (20). O candidato a prefeito Ubiratan Martins (PDT) e o candidato a vice Rogério Bie (PP), que lideram a oposição, ingressaram com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo a impugnação da candidatura de Laís Barroso (PT) e Marcelo Martins (PSD), que concorrem aos cargos de prefeita e vice-prefeito, respectivamente.
A ação, que foi despachada pelo juiz eleitoral da 62ª Zona Eleitoral, Expedito Costa Júnior, alega irregularidades na homologação da candidatura de Laís Barroso, que conta com o apoio da federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e de outros partidos, como MDB, PSB e PSD. O principal ponto da contestação é a ausência dos partidos PV e PCdoB na convenção que homologou a chapa, o que, segundo a oposição, fere as normas que regem as federações partidárias.
De acordo com a ação, a lei exige a participação de todos os partidos integrantes da federação nas convenções que definem as candidaturas, sendo que PV e PCdoB, por não possuírem órgãos de direção em Santa Cruz do Piauí, não poderiam ter sido excluídos do processo. A oposição argumenta que a ausência desses partidos na homologação torna a candidatura de Laís Barroso irregular, violando a Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1990).
Além dessa questão, a ação também aponta falhas na prestação de contas do Diretório Municipal do PT, alegando que o partido não apresentou suas contas entre 2016 e 2022, conforme exigido pela legislação. Segundo os documentos apresentados, essa regularização deveria ter ocorrido até 20 de julho, data das convenções partidárias, mas não foi realizada.
Se a Justiça Eleitoral acatar o pedido de impugnação, a chapa de Laís Barroso e Marcelo Martins poderá ser impedida de concorrer nas eleições deste ano, o que poderá abrir caminho para uma candidatura única na disputa pela prefeitura de Santa Cruz do Piauí.